domingo, 6 de dezembro de 2009

Um pulo até Nampula

Esta é a cidade que faz parte do imaginário da Sandra, sua terra Natal. Tem saudades das cores e aromas da terra. A Emília também foi "feita" em Namputa (com este calor, certamente muita mais gente foi feita aqui). Nossas boas (literalmente) amigas, a Nampula de que guardam memórias já é passado, uma ilusão.

À semelhança do que acontece um pouco por todo Moçambique, os portugueses deixaram saudade.
Fizeram obra e integravam a sociedade de um país bem mais organizado e moderno. Nos últimos 30 e tal anos, os nativos nada construíram e deixaram quase tudo ruir, incluíndo os pilares de uma comunidade que, ao que nos asseguram, é agora bem mais individualista e muito pouco "familiar". Esteticamente, não vimos pontos de interesse.

Hugo Neto, amigo do Batista e marido da Ana Luisa (nossa companhia em Pemba), foi-nos receber ao machibombo. O Hugo é o líder da Helpo (www.helpo.pt) em Moçambique e foi nosso cicerone no "mato", onde vimos "in loco" algum do trabalho de cooperação que a instituição desenvolve.

Já o sol tinha dado lugar à lua quando visitamos a missão católica liderada pelo padre Carlos Jacob, oriundo da Guarda há 12 anos. Para dois infiéis e um católico não praticante (Loureiro), o "senhor padre" foi uma benção. Obrigado pela simpatia... e pelo queijinho e chouriço que nos recordou os sabores da terra :)

O jantar em agradável esplanada interior foi acompanhado de boa música e de uma conversa com a simpática empregada, que tinha dificuldades em entender o humor de um quintento (o Tiago, da Helpo, completava o grupo) que passou momentos bem agradáveis...
Acabámos por seguir os conselhos dos nossos cicerones e decidimos voar para Maputo (2.800 km de machibombo, foi o que poupámos - Lisboa/Berlim por estrada, com menor qualidade).
Entretanto, enquanto não experimentávamos novo meio de transporte, fomos à Ilha de Moçambique, a umas três horas de viagem.

2 comentários:

  1. África minha...
    Obrigada por este blog, quase que sinto o cheiro dessa terra.
    Sabe bem ouvir palavras como por exemplo: Machibombo, que me faz recordar histórias de Moçambique, contadas pelo patriarca...meu pai!
    Mais uma vez obrigada e continuação de boa viagem!!! :-) Sandra

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  2. a Emília que foi feita em Nampula agradece a (boa) lembrança ;)

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