Perder mais três ou quatro dias em machibombos deixou de ser opção. Já tivemos experiências de sobra neste belo meio de transporte moçambicano. Queremos aproveitar melhor Maputo (ao fim-de-semana, claro!!) e o resto da viagem. Assim sendo, optámos por voar. Levantámos cedinho e fomos à LAM. Confirmámos a reserva e pagámos uns 155 euros para fazer Nampula/Maputo. Ainda assim, um sorriso valeu um desconto de uns 30 euros a cada um. O Batista vai cobrar isso no fim.. vai vai..
Enfiados num chapa, partimos para a Ilha de Moçambique. Esperámos que uma hiace de 12 lugares tivesse umas escassas 25 pessoas dentro (todas enlatadas, menos nós, várias em pé) e arrancámos para uma viagem de cerca de três horas. Onde havia très lugares, cabiam, no mínimo, cinco.Á porta da Ilha de Moçambique, a primeira capital portuguesa no país, trocámos para um meio de transporte mais "leve", pois a toyota não caberia na estreita ponte de ligação, com cerca de 3 km. Já comodamente instalados em casa cedida pelo Hugo Neto, partimos à aventura, tentando conhecer a ilha de uns 3 km de comprimento e 600 de largura, uma verdadeira babilónia de culturas e religiões, bem patentes em cada edificio e habitante local. Infelizmente, a Ilha já não é o que era. O que foi uma povoação próspera e organizada (pudemos confirmar isso em fotos anteriores ao 25 de Abril de 1974) não é agora mais do que um amontoado de quase ruinas, que alguns turistas tentam, lentamente, recuperar, com investimento em restaurantes, bares ou pousadas de sonho. A ideia é dar outra cara a um local mágico que tem tudo para ser um cantinho muito especial neste planeta.
Umas 2.000 fotos depois (livra, Morais!!!), e depois de nos descartarmos de um "guia" que nos ameaçou fisicamente (com recurso a amigos, claro) por receber menos do que queria (por hora e meia de indicações "vulgares", pagamos-lhe um dia de trabalho de salário "principesco", mas soube-lhe a pouco). Ameaçou-nos, mas relevamos e não o levamos a sério.
O pôr-do-sol foi invulgarmente... de merda! Sim, literalmente. Como não há saneamento básico, toda a gente (apenas os locais, claro) vai "arrear" à praia, onde as ondas morrem. Decadente, em águas que, ainda assim, parecem paradisíacas. Daí a que só uma praia é segura. Mas, claro, não arriscámos. A solução é alugar um barquinho e ir para uma das várias ilhas desertas à volta.
A Relíquia foi o local escolhido para um dos melhores jantares das férias. Esplanada junto ao mar, velas, musica de fundo, outros portugueses a polvilhar algumas mesas... Tudo tranquilo, tudo excelente!No fim, fomos a um bar. Flora, de nome. No terraço por cima do restaurante. Um lugar mágico e edílico. Com uma vista privilegiada para as estrelas. Sim, tivemos espaço para nos deitar nas almofadas e cada um curtir o momento à sua maneira. Durante longo tempo, apenas silêncio e peito cheio.... No meu caso, ao som desta música...
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