Uma vez que íamos arrancar às 04:00 e estávamos num sábado à noite, não tratámos de estadia.Um motorista de machibombo convenceu-nos a viajar na sua companhia e logo arranjámos forma de nos livrarmos das malas.
À hora marcada lá estávamos (passamos a noite no bar ao ar livre mesmo em frente) e uma hora depois ainda percorríamos as ruas de Mocimboa da Praia à cata de mais clientes para a viagem que nos deveria deixar em Pemba às 10:00. Deveria...
Com o machibombo apinhado, pusemo-nos a caminho e, na primeira paragem fora da vila, ouviu-se um dos elementos da tripulação dizer para a multidão: "Só cabem 10, 15 no máximo!". Imaginam o resultado...Mesmo com largas dezenas de vidas nas mãos, o motorista (ambos estiveram no mesmo bar que nós beber cervejas até hora tardia) estava apostado em mostrar qualidades de piloto de rally e ziguezaguiava a velocidade louca pelas "estradas" de uma das zonas mais remotas de Moçambique.
Entre os vários sustos, houve um que nos cortou a respiração, pois imaginámos que tudo poderia ter acabado ali. Uma manobra louca de última hora, a uns 120 km/h num local onde nem deveria ir a 50 acabou por evitar a tragédia e colisão com outro veículo.A "speedar" daquela forma, não foi surpresa que, novamente, tivéssemos a má experiência de ver o machibombo ficar sem gasolina
a uns escassos 20 km da "meta". Nova seca até que, finalmente,Pemba se anunciou, curiosamente com a placa da cidade mesmo junto a uma enorme lixeira a céu aberto...
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