segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Liliana

O que poderemos dizer desta beleza transmontana que decidiu poisar em terras africanas, onde a sua alma se sente mais em paz, onde o seu espírito vive em perfeita harmonia?

Um rosto belo e esguio, uns olhos que ganham beleza e intensidade adicional com longas pestanas, 45 kg sabiamente distribuídos... mas não são estas as qualidades que mais nos impressionaram.

Foste uma verdadeira AMIGA (o Morais já nos tinha avisado, uma anfitriã incansável que se aplicou (e conseguiu, superando as melhores expectativas) por nos fazer sentir bem, em casa. Abandonou o seu lar para nos deixar à vontade (sim, mais valia mesmo ficar longe de nós, poisnão somos de confiança. Não com alguém assim... lol) e esteve presente sempre que precisámos. Mostrou-nos parte do melhor que há na Suazilândia e fez-nos amar este país. Certamente, sem a Liliana a nossa experiência teria sido bem diferente. Só pecaste em não ter metido meia dúzia das tuas melhores amigas em casa para nos alegrar o fim de noite... mas nem tu és perfeita, Liliana :)

Para reviver todos os bons momentos que passámos juntos, está combinado um jantar em casa do Batista no Porto nestas férias. Não te atrevas a faltar...

Graças a ti, também a nossa alma passou a ser um pouco Suazi...






sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

House On Fire

Não há melhor (ou pior) forma de nos despedirmos de um país e Continente que nos entraram no coração do que uma noite no House on Fire.
Faz parte do complexo onde almoçámos no primeiro dia (tem ainda mais três lojas de maravilhosos e estilosos produtos artesanais, infelizmente apenas para carteiras demasiado recheadas).

O pretexto foi um concerto do Bholoja. Todos nos tinham dito que o homem era bom (tinha acabado de chegar de Paris, onde foi gravar o seu primeiro CD, patrocinado pela Aliance Française), mas não imaginávamos que ia incendiar a casa daquela forma. Versátil no estilo musial, com uma atitude energicamente africana em palco, em breves segundos meteu uma multidão a dançar na pequena pista em frente ao palco.

O House on Fire é um espaço incrivelmente cativante, com toda a complexa estrutura a fazer lembrar Gaudi. Adaptado a África. Um palco com um anfiteatro em frente e várias "tribunas"que não passavam de espaços para jantar com vista privilegiada para todo o acontecimento. A decoração... "simplement, fantastique" (tentem dar-lhe um tom franciú).

Obviamente, juntamo-nos à festa e curtimos até ao limite, pois a Liliana e o Vuci tinham compromissos na manhã seguinte (tal como nós, apanhar transporte às 07:00). Foi uma despedida dura, masmemorável de um local ao qual vamos, certamente, voltar. E, como repararam, toda esta excitação e nem falamos de garinas neste post...













Dolores & Vuci

Liliana deu-nos o privilégio de privar com duas figuras que marcaram muito positivamente a nossa passagem pela Suazilândia.



Dolores e Vuci foram duas delas.

Dolores representa na perfeição Mama Africa. Uma jovem idosa que decidiu apostar na recuperaçãoe promoção da cultura gastronómica Suazi, fazendo-o numa casa fora de mão, mas que vale a pena procurar entre as verdejantes montanhas.
Quando demos por ela, a mesa começou a ser inundada de iguarias de toda a espécie. Uma mesa idílica que nos fez desafiar os limites da nossa voracidade. Foi até cair para o lado... Bom vinho sul africano tornou tudo mais fácil... ajudou a que o ambiente ganhasse um intimismo singular, que perdurará nas nossas mentes até ao além (esperamos que exista). Dolores sentou-se à nossa mesa (Vuci já o tinha feito, também) e acompanhou-nos no vinho e em muitos dedos de conversa. Impressionante os seus conhecimentos culturais à escala global,o que inclui os portugueses. Fala um pouco a nossa língua, conhece vários pratos e tem um carinho pelo nosso país de fazer inveja a alguns ditos patriotas.

Vuci é manager de bandas de música. Um jovem de 36 anos que revela uma inocência e pureza únicas. Coração igualmente aberto, do tamanho do Mundo, e, mesmo parecendo inexperiente, revela conhecimentos e pensamentos surpreendentes. Principalmente para alguém que nunca saiudo reino e nem sabe muito bem como funciona a internet. Super interessante tudo o que nos disse sobre o seu reino, as tradições de um povo que, em muitos aspectos, parece viver ainda na idade Medieval. No bom sentido, entenda-se. Revelou-nos ao almoço que era o seu aniversário e levou com uns "parabéns a você" cantados na língua de Camões. Gostou. Com ar de miudo envergonhado, agradeceu. Nós é que agradecemos tudo o que nos permitiu saber sobre si (já está à coca de uma "boa vaca gorda" como presente aos futuros sogros para pedir a sua amada em casamento) e o seu fabuloso país.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009














SARDINHADAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!



E se de repente, num pequeno reino encrustado entre dois gigantes e longe do mar, quatro portugueses apanhassem uma barrigada de... SARDINHAS???? YESSSSSSSSS!!! Foi assim a nossaprimeira noite. O Centro Desportivo Português, bem no coração de Mbabane, foi o palco da festa. Chegámos ligeiramente atrasados (na verdade, já não havia ninguém na festa), mas o presidente do clubefoi generoso e levou-nos para o local da farra. Mandou vir umas duas dúzias de sardinhas elá tratámos de as meter na braza, ainda bem viva.Liliana Liliana... trazes-nos para cada caminho... Não sei se referimos, mas o vinho tambémfoi à descrição :) E ali estavamos, numa grande tenda junto à piscina, a milhares de quilómetrosde casa, a saborear boas sardinhas portuguesas, preparadas com o nosso insuspeitável know-how.
No fim, ainda houve quem emborcasse wisky a... 80 cêntimos! A rondar os 3.7 gramas de álcool no sangue, o Morais fez questão de conduzir de volta a casa. Como na Suazilândia se conduz pela esquerda, não podíamos ter encontrado melhor solução: foi um tirinho até casa!