
Este é o mais dificil dos desafios: falar sobre uma noite de inigualável magia, apesar dascondições adversas e rudimentares em que foi vivida. Mas cá vai...
Chegados ao parque, logo vimos que, ao contrário da primeira "povoada" noite, não havia absolutamente ninguém. Chovia, não havia electricidade e lá estavamos nas mãos de um motorista macambuzio e um cozinheiro lento, lento, lento... len...to...
Uma leoa contemplava-nos ao cimo de uma rocha, a menos de 20 metros. Michel apavorou e nemse atreveu a sair do jipe. Tudo aconselhava dar meia volta e partir e assim fizemos, mas a manobra ainda nem estava completa quando outro veículo chegou. Com um casal sul-africano que nem uma palavra trocou, durante toda a noite. Claro está que acabamos por ficar.
Mesmo pagando um elevado preço pelo programa, decidimos ajudar a montar as tendas e a cozinhar.Na verdade, mal nos viu a "bulir", o motorista foi descansar e comer para a "cozinha" improvisada, enquanto nos fitava à distância. "Os ´pretos´que trabalhem", deve ter pensado. Quanto aos "clientes", sem stress, acabou por ser uma experiência engraçada.O Batista enfiou-se depois na cozinha para acelerar o jantar. A fome apertava. Em vez de serele a perguntar ao cozinheiro o que deveria fazer, era Gregory quem questionava o que deveriafazer. Estranho, no mínimo.
Famintos, os convivas ficaram a saber que a sopa estava pronta há mais de meia hora quando chegou à mesa. O Batista estranhou a demora e tinha ido à cozinha saber o motivo. Não havia. Apenas a "regra" de servir a comida de "enfiada".
Um velho candeeiro a óleo e a lanterna de "mineiro" do John eram a única luz, no meio de escuridão total. No meio da savana, incontável o número e diversidade de insectos que nosrodearam, acabando por ficar presos na sopa e no resto da comida. Vários devem ter sidodigeridos pelo grupo, mas apenas o Rui percebeu que tinha engolido algo com a sopa."Blargh! Parecia que as asas ainda batiam no esófago", lamentou.
Um velho candeeiro a óleo e a lanterna de "mineiro" do John eram a única luz, no meio de escuridão total. No meio da savana, incontável o número e diversidade de insectos que nosrodearam, acabando por ficar presos na sopa e no resto da comida. Vários devem ter sidodigeridos pelo grupo, mas apenas o Rui percebeu que tinha engolido algo com a sopa."Blargh! Parecia que as asas ainda batiam no esófago", lamentou.
Ao contrário dos sul-africanos, que cumpriram rigoroso pacto de silêncio e madrugaram naida para a cama (ficou-nos a clara certeza que não houve prazer na tenda...), dedicimos prolongar a noite e, praticamente do nada, fizemos uma bela fogueira. Mais uma vez, "thanks John".
À volta da fogueira, contemplámos um céu de inúmeras estrelas. Amiude, eramos brindadospor rugidos de leão e o "choro" de hienas. Deram certamente um "elan" especial à noite:no meio de uma "selva" sem regras e com todo o tipo de animais à volta. O fogo manteve-os, aparentemente, a distância segura.
No fim, sobrou apenas o este trio. Duas de "treta" até que os ruídos animais se intensificaram.uma lanterna apontada para a "cozinha", a uns 20 metros, revelou um par de olhos de animal parecia de grande porte. Como quem não quer nada, em breves instantes já estavamosenfiados na "segura" tenda...
Leões e hienas continuavam a fazer-se ouvir, até que tudo ficou em silêncio.
O despertar fez-se com um PORTUGAAAAAAALLLLLL PORTUGAAAAALLLLLLL quando soubemos, por sms,que estavamos apurados para o Mundial2010 de futebol.
Se já não gostavamos muito de Zoo's, agora ficou a confirmação da extrema violência queé para os animais estarem enjaulados em local que nada tem a ver com o seu habibat natural.Imaginem a vossa vida limitada a um espaço de escassos metros quadrados...
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