sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nairobi (Quénia) to Arusha (Tanzânia), adensa-se o "cheiro" a África...


O dia começou cedo. Demasiado. Às 06:30 já estavamos em pé... Deu para ver as cores do nascer do sol no Quénia. Como foi em Nairobi, nothing special...


Depois de três noites na capital do Quénia, a etapa seguinte foi Arusha, já na Tanzânia.Arriscámos a aparecer sem comprar bilhete e tivemos sorte. Arranjámos mesmo uma Hiace e três espaçosos lugares atrás do motorista.À ultima, um velhote americano completou os nove lugares disponíveis. A Gene Harris tinham esfolado 30 dólares pelo percurso que a nós custou apenas 11 euros. Na fronteira, pagámos 50 dólares cobrado 30 dolares pela viagem, que a nós custou "apenas" 14. Ao todo viajamos durante seis longas horas entre territorio queniano e tanzaniano. Não senota diferença: escassa estrada esfaltada, muito pó e demasiados slalons de todos os condutores a evitar os incómodos buracos. Mesmo calado, era um grupo interessante: os três do "costume", um americano importador de arte africana e quatro quenianos (um dos quais uma mulher da qual só ficamos a conhecer os olhos, bem giros por sinal - e, atrevida, jamais desviava o olhar sempre que os nossos olhos se cruzavam).Pelo meio as formalidades da fronteira entre os dois paises. O Visa para entrar no Quénia custa 50 dolares, mas o americano pagou 100 (deve ser pelos olhos azuis, disse ele).

Nas desconfortáveis horas de viagem (notou-se o agravar da seca à medida que íamos para sul)o mais impressionante foi ver miúdos a pedir água à beira da estrada. O condutor da nossa Hiace atirou-lhes uma garrafa de aguanós fizemos o mesmo instantes depois, janela fora. Certamente aguentaríamos mais uma ou duashoras sem líquidos, enquanto estas crianças desnutridas e praticamente sem roupa no corpo...


Incrível o número de cidadãos das dezenas de tribos que povoam estes países. Aldeias de barro e formigueiros gigantesfizeram parte da paisagem, tal como pequenos tufões de areia com empolgante efeito visual.A chuva - bem que esta terra precisa - bem que ameaçou e ainda cairam algumas gotas, mas acabou por ser mera ameaça...


Finalmente chegámos a Arusha. Agora, ao final do dia, ainda nao conseguimos perceber quem ganha a prémio "Chato C'má Putassa do Ano, se as múltiplas prostitutas de Nairobi se os inúmeros vendedores (intermediários) de safaris na Tanzânia."Vingámo-nos" e comprámos o "pacote" a quem menos chateou, no bar do "hotel" onde ficámos.Para memória futura, num país sub-desenvolvido e numa cidade em que jantámos por três euros,demos cerca de 250 por três dias: Ngorongoro e Serengueti. Sabemos que este vai ser um dos pontos altos da viagem... esperamos...


PS: A negociação do preço foi acompanhada por duas senhoras que nos ofereceram a cerveja... só ainda não descobrimos o que Linda e Doreen desejavam em troca. Algum palpite?



PSS: Linda pegou na mão do Batista e, com ar terno, atirou: "Gosto muito de ti"...- Também a minha mulher! Disparou o Rui, tentando, a custo, tirar a mão das suas...

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